OS POSITIVOS

« umanos »

hum... esta página é antiga (2022): lê o disclaimer ou procura outra mais recente
Derf's "Kent State" 2020

A vinheta acima reporta a eventos na década de 70. Ontem, com o devido atraso,

Os romances já não têm a força de há uns anos e é a não-ficção que mais seduz os leitores portugueses. Prova dessa nova realidade é o mais recente ensaio de Francis Fukuyama.
in "Fukuyama: 'A China é uma ameaça maior do que a Rússia' 6 jun 2022

Não-ficção, atrasos, por vcs-sabem-quem,

In The End of History and The Last Man, I had a line where I said something to the effect that if people can’t struggle for justice and peace, then they’ll struggle against justice and peace because it’s a part of human nature that we want to struggle.
in "Liberalism and its Discontents: Francis Fukuyama on the state of liberalism" 6 jun 2022

A insatisfação das populações não é de agora, conheço-a dos meus teens e não há causa hoje que não seja consequência do slow burn das últimas décadas, todas elas cozinhadas no mesmo fogo, a discrepância entre o dizer e o fazer desde que os povos tomaram o século pela sua palavra. Que boa parte desse descontentamento seja manifestado por mentecaptos, é do humano neles, mas se a humanidade pode ser tudo menos, as pessoas em geral não são estúpidas indefinidamente. Por cá, depois de Passos e o seu enorme intervencionismo estatal, a maioria dos portugueses abraçou o laissez faire de Costa: não se navega, mas ao menos boia, vence ir ao fundo. Hélas, não há espírito santo que consiga o milagre de caminhar sobre a inflação e outros preços que não tornarão a descer. Nada disto é novo. Novidade, só que a maré que sobe levantou com ela o próprio Fukuyama:

[Vox] But what if we think of neoliberalism not as a cancerous outgrowth of liberalism but rather as liberalism fulfilling its own logic? It does seem like we have enough evidence to say that market societies tend toward the concentration of wealth and power, and that that leads to political corruption, and that that finally undercuts the ability of liberal societies to mitigate their own excesses. Is that account too simplistic for you? [Francis Fukuyama] No, it’s correct.
in "Liberalism and its Discontents: Francis Fukuyama on the state of liberalism" 6 jun 2022

Fim de história.

mais histórias