OS POSITIVOS

good ol' report

not-my-sheep in my one-day-to-be-vineyard: u guys add tha punchline

Chamem-nos hipócritas, pecamos por não acompanhar "a cena" com a devida atenção. Revisitamos hoje com a contribuição do MMMNNNRRRG, reportando dos anos 2020/2021 22 fev 2023. Somam-se nomes, títulos, locais e datas ao colorido das edições independentes, nada que alguém fora dessas dependências alguma vez suspeite. Plugs ao A Batalha e Monde Diplomatique da sua alçada, edições da editora astro-rei associada e respectivos satélites, lamenta-se a morte de uma chancela "só para gente bruta" e outra "não-binária" (as revoluções comem sempre os seus), o inconveniente à timetable da publicação de BD de uma pandemia que quase parou o mundo (aborrecimento partilhado, imaginamos, pelos sucumbidos à dita), diatribes em porcos capitalistas, participações nacionais no estrangeiro e vira-o-verso, festivais que não existiram e outros maus hábitos ("criou-se este padrão de produção e consumo: os artistas só (auto)editam publicações para estes eventos e sem eles não faz sentido sequer produzi-los" 22 fev 2023), zines, feiras, nos diários do corona não enumerou na nossa contribuição ao género: "fartOS — o zine" 2020.

Cruzando laivos de ruralidade conspiratória contra a modernidade:

Agradeçam ao turismo lowcost pela pandemia se ter propagado pelo mundo. Agradeçam ao consumismo desenfreado por desencadear estas doenças - ninguém quer assumir que é isto que cria estas desgraças e não uma conspiração do reptiliano chinês que nos quer matar a todos e ganhar guito comercializando vacinas logo a seguir. [...] Não podíamos sair de casa ou se quer do concelho mas turistas manhosos passaram pelos aeroportos sem um único teste ou quarentena.
in "Banqueiro 00001 - Zé Povinho 26117* [um relatório atrasado sobre fanzines e edição independente 2020/21]" 22 fev 2023

— com o internacionalismo-nacional-depreciativo que tão bem nos fica —

Muita da produção nacional passou pela edição estrangeira, provando que há mais estruturas funcionais lá fora do que cá. [...] Nunca houve tanta internacionalização, mostrando que é mais fácil publicar lá fora do que nas miseráveis editoras portuguesas.
in "Banqueiro 00001 - Zé Povinho 26117* [um relatório atrasado sobre fanzines e edição independente 2020/21]" 22 fev 2023

— dedica dois cabeçalhos ao digital: "digital sickness" (cultura das vendas online e videoconferências) e "Digital outra vez, pá!" (ausência de divulgação na "forma crítica, informada, adulta e reflexiva"), provando-o nesta miserável abrangência às novas tecnologias e sociedade.

Se tivéssemos de resumir-vos a leitura (não temos mas queremos: nosso serviço público) a uma citação, elegemos esta: "Ninguém aprendeu nada." 22 fev 2023

outra sociedade