OS POSITIVOS

implicar e alienar

hum... esta página é antiga (2020): lê o disclaimer ou procura outra mais recente

« pretenciosismo óbvio »

O erro foi corrigido digitalmente. No papel está tudo igual. Um documento histórico é um documento histórico!...
in "Momentos Marcantes na Vida de Um Leitor de Banda Desenhada - 12 - Banda Desenhada Franco-Belga de Autor" 10 dez 2020

Do mais recente momento marcante do leitor Domingos Isabelinho. Se vos importa ou não um mistério e não estivéssemos nós a limpar back catalogue coincidindo a sua leitura aos arrumos do artigo que David Soares nos levou a mal e talvez também nos passasse em branco. Afinal, franco-belga. Mas — coincidiu. E passados alguns anos sobre o nosso outro registo em crítica e web, esta entrada acrescenta linhas ao tópico para arquivo 'cuz, unFun fact, o original onde DS se queixa que "a informação mais antiga vai desaparecendo da Internet" desapareceu da internet. Quick recap de impressões somadas então, amalgamadas com um (outro) Pedro M. à mistura:

  • O crítico ia disfarçando a falta de mercado. Num dado momento, a BD portuguesa podia muito bem ser uma realidade virtual, inventada pelos críticos com alguma ajuda institucional.
  • O formato digital e suas circunstância concorre para a promoção de aquilo que é, por natureza, mais conveniente a esse formato. Ou seja, não só a Internet promove o vápido (*) Podemos? Devemos? Faremos?... Fizemos., mas nem sequer se interessa em preservá-lo.
vários in Real Nós: pedro-david-pedro

Isabelinho confere na crítica, acrescenta nomes:

Se recuarmos umas décadas encontramos João Paiva Boléo, no jornal Expresso, e Carlos Pessoa, no jornal Público, para quem Lucky Luke, Astérix e o inevitável Tintin eram quase tudo o que merecia ser divulgado. Como se não bastasse, no "quase" acima só cabia o que as fábricas de bestsellers em França e na Bélgica iam debitando no mercado.
in "Momentos Marcantes na Vida de Um Leitor de Banda Desenhada - 12 - Banda Desenhada Franco-Belga de Autor" 10 dez 2020

... e mais nomes, citando João Paulo Cotrim:

"A crítica é pequena e ignorante." Pela minha parte creio que a metacrítica foi justíssima.
in "Momentos Marcantes na Vida de Um Leitor de Banda Desenhada - 12 - Banda Desenhada Franco-Belga de Autor" 10 dez 2020

Da nossa parte, julgamos que a metametacrítica pode ser ainda mais apertadinha. Anyhoos, sem surpresas por estas bandas onde toca ao digital:

Pode-se argumentar que cada crítico é livre de se interessar exclusivamente por isto ou por aquilo (...) mas não é menos verdade que foi preciso o advento da Internet para podermos todos alargar horizontes. Dizer-se crítico hoje é o mesmo que dizer-se aguadeiro ou limpa-chaminés pergunto-me se isso não se deve à informação gratuita e quase infinita que se pode encontrar na www.
in "Momentos Marcantes na Vida de Um Leitor de Banda Desenhada - 12 - Banda Desenhada Franco-Belga de Autor" 10 dez 2020

Bom-mas-mau? De alguém que se recorda do esforço necessário para "ultrapassar a propaganda monopolista da comunicação social, leia-se, jornais, porque, para o resto, leia-se (*) Leia-se: "veja-se"., televisão, a banda desenhada não existe", parece-nos que reclama da abundância sem autoridade, aquele queixume que nos aborrece deveras. O mais leve odor a hierarquias disparam-nos tiques nietzschezianos:

The inferior masses, Nietzsche was saying, should simply accept their exploitation by their betters:

Every elevation of the type “man,” has hitherto been the work of an aristocratic society and so it will always be — a society believing in a long scale of gradations of rank and differences of worth among human beings, and requiring slavery in some form or other. Without the pathos of distance, such as grows out of the incarnated difference of classes, out of the constant out-looking and down-looking of the ruling caste on subordinates and instruments, and out of their equally constant practice of obeying and commanding, of keeping down and keeping at a distance — that other more mysterious pathos could never have arisen, the longing for an ever new widening of distance within the soul itself, the formation of ever higher, rarer, further, more extended, more comprehensive states.
(Friedrich Nietzsche, Beyond Good and Evil)

Only an unequal system, Nietzsche argued, could produce truly creative souls with life-affirming values. These values could not be judged morally in a nihilistic world, but only according to the one metric left after the death of God: aesthetically.
in "Why the Contemporary Right Loves Nietzsche (and Heidegger and Schmitt)" 11 dez 2020

OS POSITIVOS: nihilistic é favor, e temam senhores, aqueles que vêem depois de nós e nos citarão com maiores doses de ironia. Mas devolvemos DI, mesma pergunta:

Também me parece legítimo perguntar: para que é que eles serviam? Informavam sobre o que estava à vista de toda a gente nas prateleiras?
in "Momentos Marcantes na Vida de Um Leitor de Banda Desenhada - 12 - Banda Desenhada Franco-Belga de Autor" 10 dez 2020

OS POSITIVOS: a derrubar, uh, prateleiras?, entre outras asneiras.

asneiras