um momento de publicação independente
I miss the days where an international community of enthusiasts would create content for the Web just for fun. We didn't make homepages to make money. We made them because we were fascinated with this new gigantic medium and where it could take us. If I could put something up there that someone else found useful, that's great. Together we built a forever growing database. I put up the lyrics of some songs that I liked. It's my little fantasy of how we, the enthusiasts and users of the web, could take back some control of producing and owning valuable content on the Web.
in "The Web, then and now " 5 nov 2019
E só não chorámos de emoção por estas linhas porque somos gaijos de barba rija. Mas de quando éramos mais púberes:
When I first tried surfing on the Web… We opened Netscape. Now what? A co-student had already made his own homepage (what we used to call personal websites) and jotted down his URL at the bottom of the instruction sheet. Like any good webmaster at the time, he had provided some contact information. If the visitors had any questions about his website they could just phone him.
in "The Web, then and now " 5 nov 2019
Então. Agora,
I started searching the Web and got increasingly frustrated. The first result was a slow page. It was showing lots of ads. It obstructed the content. I couldn't scroll down to read the entire text. It crashed my phone's browser. But it wasn't just that one page. All of the pages I found were annoying at best, and useless at worst.
in "The Web, then and now " 5 nov 2019
Surfar at wild está fora de uso, e temos o analytics para o provar: o tráfego acusa sempre as mesmas origens e a descoberta random caiu a pique; quem nos visita sabe ao que vem, são cada vez mais raros os trambolhões de quem atravessa no nosso caminho ao acaso. E não é por acaso.
Big, influential social media sites like Twitter and Facebook have a vested interest in keeping you on their sites. As an ad company, Google has a vested interest in keeping you in a walled garden, too. You see this in things like AMP, masking URLs in the address bar, and a browser that shares everything you look at on the web with them.
in "The Web is not dying" 6 nov 2019
Os big five digitais evitam que saibas que há um mundo lá fora, mundo esse que se tornou, entretanto, tão ou mais problemático. A web esvazia-se de vozes independentes, presenças sentidas, espaços próprios e originais, cedendo a vez a entidades agressivamente intencionadas em monetizar os historiais e comportamentos online como os suspeitos do costume a quem já rendeste consentimento mas com práticas e propósitos ainda mais duvidosos. Pesquisem, we dare ya. Tentem surfar a web perseguindo interesses ou gostos, ficarão chocados com os resultados, a começar pelos ditos: descaradamente distorcidos pelos que mais investem no viciar de sugestões para se impor sobre os demais. Se os resultados continuam a ser orgânicos é porque não lhes falta o estrume.
Esta já não é a nossa rede. Ou a vossa, e só não o sentes porque navegas pelos mesmos X websites de sempre e raramente calhas a sair dessa rotina: quantos novos sítios descobriste na última semana a que tencionas voltar uma próxima vez, quanto mais acompanhar regulamente? Ou, sequer, de que te lembres o nome? O ciberespaço foi devorado por enormes buracos negros, os longos blogrolls que adornavam as laterais de blogs na década passada estão podres de link rot, os resultados de pesquisa viciados, os gentios satisfazem-se no insta-whaasup-his-face.
A web actual não se recomenda: metade quer o teu cartão de crédito ou hackar o teu aparelho, a outra metade não funciona, metade é intencionalmente atrofiada por empresas que já têm o teu guito — exemplo para a Apple a tentar tornar o online intragável 7 nov 2019 —, metade é republish de republish de republish que se passa por notícias, metade é marketing e metade são bots ou trolls.
in "The Web falls apart" 3 nov 2019
- As the primary format for media it’s predominantly encapsulated in a compromised in-app browser that’s built into various social media apps and comes loaded with spy software that tracks whatever you do or read on the web.
- Ads as a business model is destroying the user experience, skewing public discourse, and weakening the very fabric of our democracies. While the web isn’t the sole culprit, it is one of the biggest contributors.
- Tech as a whole has become the willing tool of a panopticon surveillance state but the web is a much bigger contributor and enabler than it should ever have been.
- Many countries, democracies and dictatorships alike, are starting to exert more and more direct control over what their citizens can read, see, or publish on the web.
- The web has begun to fragment along national lines; and economic and political groups online are so divided that they might as well be on separate planets.
Da promessa e desencanto, da rendição geral e os resistentes que mantém o espírito de edição independente online, worldwide. Demasiados tomam essa rede por garantida, e começamos a segunda década deste novo século com o último w a cair do worldwide, nas consequências que se adivinham.
The web has become the backbone of all of our media and communications and as it declines, it has the potential to take our public discourse with it, and when public discourse goes, so do our democracies.
in "The Web falls apart" 3 nov 2019
Sejam do contra: começa um blog, posta porra nele, porra original, estranha, parva, mas porra tua: your content is yours, author centric. É como se fosse um fanzine, mas para o mundo inteiro.
