OS POSITIVOS

cidadãos do mundo dos comics

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"otherwise little"

Because comics are so appealing, exciting and accessible, we want to use the power of that medium to equip people with tools to navigate today’s political system.
in "Can Comics Save Democracy? New Series Takes On Plutocracy And Other Current Issues" 15 nov 2019

Continuando dos meandros da BD e políticas maiores recuperamos a iniciativa da First Second que já anteriormente notámos: a nova coleção "World Citizen Comics", de intenções declaradas ao uso do "storytelling power of comics to get people engaged around issues of governance, civil society" et al. por uma editora que "does not usually publish overtly political material" — e com um preview generoso a acompanhar a divulgação na Forbes ("Can Comics Save Democracy? New Series Takes On Plutocracy And Other Current Issues" 15 nov 2019) por um dos suspeitos do costume de quem levantámos todas as citações para hoje.

O poder da BD para contar histórias ou a sua capacidade para envolver os leitores não nos atiça qualquer surpresa — ou a sua longa tradição em pedagogia sonso-explicativa — , mas que essa envolvência se traduza em alguma acção capaz de sobreviver à leitura feita exige o cuidado de várias alíneas em rodapé a não saltar. Embora tenhamos de esperar pela obra completa para a comentar nessa dimensão podemos já registar primeiras impressões em frentes que nos têm especial carinho, antes mesmo de lhe abrir capa porque — aquilo dos tempos que temos: quem ainda precisa do objecto físico? Não nos atirarem as vossas pedras virtuais, ó amantes de materialidades, são os próprios que admitem explorar "alternative means of distribution":

"Using webcomics to get this material into the collective bloodstream is important," he says.
in "Can Comics Save Democracy? New Series Takes On Plutocracy And Other Current Issues" 15 nov 2019

…mesmo se, poucas linhas adiante reforçam a superioridade do livro como formato impar acima dessas mariquices modernas que vos chegam aleatoriamente online:

A lot of people get their information about these issues in small, disconnected chunks. These books give us room to explore the topic, and are meant for keeps. We think it’s a better way to offer in-depth analysis than, say, telling you to listen to these 20 podcasts.
in "Can Comics Save Democracy? New Series Takes On Plutocracy And Other Current Issues" 15 nov 2019

damn! u sooo thick, me sooo horny

Dessa adulação ao livro vs webcomics compreende-se a criatividade que acompanha o marketing da série — note-se a nobreza do pacote: só o volume inspira respeito, o que dizer do relevo na lombada!... Um verdadeiro feito quando o primeiro livro divulgado conta apenas com 288 páginas, a espessura de papel necessária a conseguir esta apresentação é testamento dos arraigados do todo-poderoso mono impresso, ou meramente falso testemunho de misleading publicity. Um debate para outra ocasião; esta presta-se às conclusões da nossa entrada anterior à passagem de testemunho entre gerações e da audiência de jovens adultos que nos lê: afinal, uma tendência do mercado.

The World Citizen titles are aimed at adult readers, but there is nothing in the content to exclude young adult or middle-years audiences who are interested in the topics. YA graphic novels have represented one of the fastest-growing segments in publishing for the past half-decade, and a number of young people who started reading them as teens a few years ago are now college students or young professionals starting careers, and still maintain their affinity for comic-style storytelling as a way of getting information.
in "Can Comics Save Democracy? New Series Takes On Plutocracy And Other Current Issues" 15 nov 2019

Afinados, portanto. Hélas, é-nos importante desafinar. Voltemos à imagem que abre esta entrada, o polvo corporativista que tudo abarca, a justiça impotente amarrada por lobbys de interesses contrários à sociedade: procuremos uma outra interpretação mudando-lhe o destinatário. First Second Books da Roaring Brook Press da Macmillan Publishers, a mesma que se tem esforçado para impedir o acesso das bibliotecas aos seus ebooks.

Macmillan Publishers Ltd. is drastically restricting the sales of its e-books to libraries. Under the old rules, a large library system like New York's or Chicago's might have ordered hundreds of e-book copies. Now each system — large or small — can buy only one when it goes on sale.
in "You May Have To Wait To Borrow A New E-Book From The Library" 1 nov 2019

If I wanted to borrow A Better Man by Louise Penny — the country’s current No. 1 fiction bestseller — from my local library in my preferred format, e-book, I’d be looking at about a 10-week waitlist. And soon, if the book’s publisher, a division of Macmillan, has its way, that already-lengthy wait time could get significantly longer.
in "Why Angry Librarians Are Going to War With Publishers Over E-Books" 11 set 2019

O ongoing aqui: "Why Angry Librarians Are Going to War With Publishers Over E-Books" 11 set 2019, "Librarians Launch National Campaign to Oppose Macmillan’s Library E-book Embargo" 11 set 2019, "The Week in Libraries: November 1, 2019" 1 nov 2019 etc, com os librarians a promover um embargo à editora. Às vezes, para ser-se um bom cidadão, é preciso devolver o cartão.

not so thick & 7 to 77 — when comics weren't worth tha paper they were printed on

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