OS POSITIVOS

wall-et-al

hum... esta página é antiga (2019): lê o disclaimer ou procura outra mais recente
pensando bem, estamos a sair

Sexta-feira e aqui nos despedimos de António Guerreiro. Uma das recomendações de leitura habituais a marcar fim da semana – se fizerem um crawl por autores nOS POSITIVOS encontrá-lo-ão confortavelmente no nosso top 10 de citações (recontextualizadas). Mas, ainda aquilo de realidades fragmentadas com perda de liberdade: paywalls?walls  are made for walkin’ ♪ e se alguns conseguem saltar por cima ou furar a baixo — ou mostrar cartão —, o grosso dos peeps fica de fora da conversa. So, well, não há quórum?, fuck it. O homem não tem culpa, nós tb não. Respect & buh-bye.

Obrigados então a novas sugestões para fds e — shhh, guardem segredo… — felizmente a web aberta providencia mais propostas do que humanamente possíveis de ler numa vida inteira, quanto mais um par de dias. Por uma questão de economia, a nossa short-list de hoje à vossa atenção:


I


Primeira, uma história oral dos webcomics 5 abr 2019 in américa. Anos antes do pivot-to-subscription que hoje dita as modas nos media digitais já os webcomics tentavam resolver a equação free / $$$ dos conteúdos online. Não estamos a recomendar aos jornais que explorem o mesmo mercado em t-shirts humorísticas, mas notamos que foram pioneiros nas soluções que só agora se descobrem. Descontextualizado da conclusão:

The one constant on the internet is change — a model lasts for a few years, and then you have to go find a new one. You have to be willing to give everything up when the paradigm shifts.
in "Webcomics: an oral history" 5 abr 2019

Cite imediatamente precedido de outro que também atravessa as nossas teses neste espaço:

It’s always been about trying to make the art you want to make, instead of the art someone bigger or more powerful will let you make.
in "Webcomics: an oral history" 5 abr 2019


II


Segway à segunda recomendação de leitura (*)Brincamos, podem ler mas esta é pela provocação.: o primeiro manual escrito inteiramente por um programa de computador. Vamos repetir: o primeiro manual inteiramente escrito (e pesquisado) por um programa de computador. Na íntegra por Beta Writer in "Lithium-Ion Batteries — A Machine-Generated Summary of Current Research" abr 2019 e mesmo não sendo uma leitura apaixonante — o título é o spoiler — as ramificações filosóficas darão para vos ocupar os próximos dois dias de ócio. Da intro escrita por um humano — agora teremos que começar a discriminar? —

We have seen the rise of automated text generation in popular fiction (with quite diverse and fascinating results), automated journalism such as in sports, stock market reports or auto-produced weather forecast (data-to-text), automated medical reviews and not to forget the remarkable progress in dialog systems (chat bots, smart speakers). What you read here on your mobile device or on your computer screen or even holding your hand as a printed book is of a different kind. In fact it is the first machine-generated research book.

Na lista dos aspectos positivos — pun intented! —, um dos usos possíveis a acabar com a praga de teses de inchar repositórios, "the first research book written by an AI could lead to on-demand papers" 10 abr 2019.


III


Terceira e última recomendação: media, web, autenticidade (*)Brincam, mas estão-nos a provocar. in "‘It’s genuine, you know?’: why the online influencer industry is going ‘authentic’" 5 abr 2019:

The industry is now entering a new phase, insiders say that phase two is about authenticity, about "coming back to quality again: I wouldn’t say it’s all commercial, and I wouldn’t say it’s all sincere"
in "‘It’s genuine, you know?’: why the online influencer industry is going ‘authentic’" 5 abr 2019

Não nos vamos alongar dessa, dependendo do fds iremos desenvolver impressões gerais, afinal: autenticidade é core às nossas teses, anos antes de se tornar evidente aos senhores que vêm atrás — ver webcomics estão sempre à frente dos media —, mas não é sempre assim?

E porque é sempre assim e tudo é politics mesmo quando o disfarçamos em três peças sem nexo aparente, fechamos com um cite datado de abril, mas outro e já ido que infelizmente nunca perde validade:

Here’s another, more common, acronym about life under a predatory corporate capitalism: TGIF — Thank God It’s Friday. It’s a phrase that communicates a sad reality for many working in this economy — the jobs we do are not rewarding, not enjoyable, and fundamentally not worth doing. Then on Friday we go out and get drunk to forget about that reality, hoping we can find something during the weekend that makes it possible on Monday to get up and do it again.
in "Anti-Capitalism in Five Minutes" 30 abr 2007

Ao doin' it again. Mas ao contrário.


Nota: we' fucked up! Esta entrada este enterrada todo o mês nos punx em vez ligar na continuação da press. My bad, os temas às vezes cruzam-se. Sugestão: se queres seguir todas as diatribes paralelas dos P+, clica em tudo!

outta tha cage