OS POSITIVOS

página no diário

hum... esta página é antiga (2018): lê o disclaimer ou procura outra mais recente
The original premise of the following discussion was to examine where comics are situated in the cultural continuum.
in "Fine Art and Cartoonists Roundtable" 13 jun 2018

Yeah, well. Seguem-se três faits divers para os que tiveram uma semana tão apática como a nossa.


I


A edição da Relógio D’Água Editores abril 2017 do "História da Filosofia Ocidental" por Bertrand Russel salta da página 352 para a 385, e nesse lapso de paginação suprimem-se as "culturas e filosofias maometanas" e todo o século XII e XIII dos Escolásticos para aterramos em fins de S. Tomás de Aquino — figura central dos ditos mas que por graça da desgraça nos contentamos com o resumo do autor:

Nas linhas gerais a filosofia de S. Tomás concorda com a de Aristóteles e pode ser aceite ou rejeitada na mesma proporção. (...) Mas tais méritos não bastam para justificar a sua imensa reputação. (...) Se encontra argumentos racionais para algumas partes da fé, tanto melhor; se não, basta-lhe regressar à revelação. (...) Não posso por isso concordar que ele mereça ser colocado ao nível dos melhores filósofos gregos ou modernos.

O Tomás que se quine, mais o gaijo que nos roubou dois séculos em filosofia.


II


De outras leituras, outras datas e outros fanáticos de outras metafísicas, um shout out para o TCJ que coloca online esta semana uma transcrição de 2012 com Marc Bell, Esther Pearl Watson, Joe Coleman, e Robert Williams no estado da arte em art e comics, texto longo e sumarento que aos interessados na interseção assinalada deixamos os nossos highlights:

i) Cumpre-se o artsy bashing que se exige mas apontamos-lhe vaidades – aquilo do regressar à revelação quando faltam argumentos.

ii) Já ninguém estranha que entre os cómicos engrossem fileiras aqueles que provêm das belas artes: punks e freaks tornaram-se a excepção quando já estiveram no seu centro, a desaparecem igualmente desta os fanboys amadores a BD fica entregue aos turistas — perdão, artistas. Como também já notámos, todos estes por sua vez parecem congregar-se em carreiras académicas nos dias passam: sinais dos tempos a ponderar na atenção que a BD recebe destas instituições?

iii) Nesse predicado citamos um dos entrevistados, à data simultaneamente docente e discente de duas instituições diferentes, que a poucas linhas de discussão em fanzines explora as consequências da internet:

Every trimester I have to totally change the syllabus.
  • It’s like they’re able to see into your world. And also, I feel like you cast long shadows on the Internet. People can see your history, whereas my work has changed over the years and I was able to move beyond a certain stage of my development and my work. Now, it’s like all online, you can see all of it, which is kind of interesting.
  • It makes everything move so quickly. Even the idea of printing too has changed and is changing so fast, and teaching a publishing class … It’s bonkers because it’s almost like every three months we have to re-update what publishing is because it’s changing so quickly, whereas before we had all our lectures and we kinda knew what we were gonna say. Now, we just change it every single semester.
in "Fine Art and Cartoonists Roundtable" 13 jun 2018

Não que autocarros de miúdos despejados Festivais-a-dentro o fossem suspeitar.


III


Roadtrips são tema recorrente nos P+ e tropeçámos neste vídeo por razões que esboçarão um sorriso a quem nos conhece. Press play, play loud.

acelerando em grande