solidarity for tha front

O call for submissions (*) "Solidarity against Repression: The Visual Front — Art at the Barricades": "asking all the visually-minded comrades we could think of if they would be willing to submit work that we could print and sell for legal support" no CrimethInc. recorda-nos as origens dOS POSITIVOS: estes também surgiram em finais da década de 90 em resposta a um repto semelhante.
Mas o pequeno passeio nostálgico, na tradição da casa, deprime-nos. Explicamos porquê. Do CrimethInc., o optimismo:








It’s not a bank expropriation, but it’s been pretty successful in raising funds and getting cool agitational graphics out there so far. Personally, I have found it reassuring and inspiring that visual culture is still important to folks and I am excited to see it play an ever-expanding role in the social movements to come. in "Solidarity against Repression: The Visual Front — Art at the Barricades" 30 mar 2017
DOS POSITIVOS, o realismo: infelizmente essa cultura visual não tem vingado nos cómicos. Citamos aquela referência máxima na área:

I’m bored with comics. They ain’t even down time anymore, they’re just dumb time. (...) For a world in turmoil, I don’t think the medium is putting out how it should. Nowadays, I get more out of editorial cartoons than your average full-length graphic-novel-thingy. And don’t get me started on the all artsy-fartsy-piece-of-crap---.
in Real Nós: Crónicas de um Burgês Aborrecido jun 2015
O excerto anterior recua a 2015 e a nossa impaciência para com a banda desenhada vem de há outros tantos. Em seu lugar, as únicas leituras aproximadas que nos movem são ainda os cartoons editoriais: estes falam-nos à razão e à emoção, ainda que infelizmente não tenhamos para com eles a mesma paixão que temos à BD. Infelizmente-infelizmente, a banda desenhada há muito que perdeu o edge que antes tinha: já não há banda desenhada perigosa, porco-agressiva, genuína, free-fall.
Nos anos 60 ela era perigosa. Nos anos 90 voltava a arriscar. Em ambas as épocas ela emanava da necessidade de expressão, e as regras que se respeitavam — mais por instinto do que por treino — serviam de suporte para sustentar o discurso. Hoje as regras são o limite que o contém, e mesmo as que se atiram janela fora são primeiro estudadas para o devido efeito. Não pretendemos menosprezar a contínua existência de BD subversiva qb., mas ao contrário da revolução underground ou do apogeu pioneiro do indie/alternativo de outras eras não consegue a mesma visibilidade que as suas antecessoras alcançaram. E enquanto meio a BD só se cumpre se popular, mas está longe do ser nessa frente. O autor que abordávamos ontem a propósito de alternativas publicou hoje mesmo uma nova entrada intitulada "Silent Agitators" 1 abril 2017, uma obra que se foca "sobretudo em trabalhos de natureza política":
Combativa, directa, endereçada, sejam caricaturas, cartoons ou banda desenhada (ficcional ou não), toda esta produção visa, como implica o título do livrinho, "agitar".
in "Silent Agitators. Kent Worcester (auto-edição)" 1 abril 2017
Infelizmente, a razão de ser da obra parece resultar justamente invisibilidade da área. Se nesse caso, académica:
Como explica na introdução, com vista a uma certa "correcção" em relação ao tipo de objectos maioritariamente estudados na academia.
in "Silent Agitators. Kent Worcester (auto-edição)" 1 abril 2017
— a sua praxis artsy não lhe fica atrás: segue-a de perto.